Somente entre as 18 horas de quinta (14) e a mesma hora de ontem (15), foram confirmados 1.023 novos casos da gripe suína. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença já atingiu 7.520 pessoas em 34 países. Ainda assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que as taxas de letalidade e de mortalidade da doença se estabilize.
No Brasil, o número de confirmações (oito casos) se mantém o mesmo desde sexta-feira passada (8). Esta tarde, o Ministério da Saúde informou estar identificando e monitorando todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes que se distribuíam pelos seguintes estados: Rio de Janeiro (3), São Paulo (2), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (1) e Santa Catarina (1).
De acordo com o Ministério da Saúde, há 35 casos suspeitos no país, distribuídos por Minas Gerais (8), Rio de Janeiro (6), São Paulo (5), Pernambuco (4), Distrito Federal (2), Goiás (2), Rio Grande Do Sul (2), Alagoas (1), Ceará (1), Pará (1), Paraná (1), Piauí (1) e Rondônia (1). Outros 25 casos estão sendo monitorados.
Segundo o gerente da Unidade de Prevenção e Controle de Doenças da Organização PanAmericana de Saúde (Opas), Rubén Figueroa, o aumento não necessariamente indica que a infecção esteja se alastrando neste ritmo.
“Esses números não necessariamente são uma expressão do que está acontecendo epidemiológicamente. É, sim, uma mistura de novos casos com as confirmações de casos [suspeitos] que aguardavam na fila pelo diagnóstico”, disse Figueroa. "Há áreas do mundo em que a doença ainda não apareceu e, provavelmente, a letalidade e a mortalidade da doença fique estabilizada porque já conhecemos a doença e os serviços médicos já estão em alerta".
Os casos continuam aumentando sobretudo nos Estados Unidos, México e Canadá, onde o número de confirmações já chegam a, respectivamente, 4.298, 2.446 e 449 casos. No México, 60 pessoas já morreram devido à doença. Nos Estados Unidos houve três mortes, enquanto o Canadá registra um falecimento. A Costa Rica, onde oito casos foram confirmados, também registrou uma morte.
De acordo com Figueroa, o país do continente americano que mais tem chamado a atenção das autoridades médicas mundiais nos últimos dias é o Panamá. O primeiro caso da doença no país foi notificado há apenas cinco dias. Hoje, já há 40 casos confirmados e um grande número de suspeitas.
“Todos sabemos que o Panamá é o principal centro de distribuição aérea na América Central e, indubitavelmente, isso poderia ser uma explicação para a situação: sua vulnerabilidade devido à intensa atividade comercial e a concentração de vôos aéreos”, analisou Figueroa.
Sobre o Brasil, onde os casos se estabilizaram nos últimos dias, Figueroa elogiou os esforços do governo. “O governo brasileiro tem um bom plano de contingência, sua reação diante da emergência foi imediata e muito eficaz”.
Figueroa alertou que, embora nenhum novo caso tenha sido registrado nos últimos dias, o que pode indicar que a transmissão do vírus de pessoas infectadas à outra sã foi contida a tempo, o país deve estar alerta. “É preciso cuidado, já que ainda há casos suspeitos que nada têm que ver com os últimos casos confirmados. Portanto, ainda pode haver alguns outros casos”.
O período exato em que a doença fica incubada no paciente ainda não é conhecido, mas, segundo Figueroa, os cientistas estimam que fique entre três e cinco dias. Também estima-se que o surgimento dos primeiros sintomas apareçam entre 48 horas e 72 horas após o momento da infecção.
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