Desde crime em Realengo, família poupava idosa de 92 anos sobre ataque.
'Ela foi dormir com aquela tristeza e na madrugada morreu', disse parente.
'Ela foi dormir com aquela tristeza e na madrugada morreu', disse parente.
Laryssa Silva Martins é uma das crianças mortas
em ataque a escola
Horas depois de saber notícias da neta, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) a idosa Lina Martins, aos 92 anos, avó da menina Laryssa Silva Martins, uma das 12 crianças assassinadas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Segundo Gerson da Silva Guilherme, padrinho da menina, desde o dia do crime, 7 de abril, a família tentava poupar dona Lina da tragédia. Na noite desta quinta-feira (14), a filha mais velha da idosa, após muitas perguntas, disse que Laryssa não estava bem. “Ela foi tirada da casa dela, onde morava com a Laryssa, e levada para a casa da filha, que é pertinho. A Laryssa cresceu com ela. Ela ficou sabendo que algo muito ruim tinha acontecido, por voltada de meia-noite de ontem (14). Ela foi dormir com aquela angústia, aquela tristeza, e na madrugada morreu”, disse Gerson, de 47 anos, que é motorista de ônibus. Segundo ele, dona Lina sofria de Alzheimer, porém tinha momentos de lucidez. Ela deixou três filhos, duas mulheres e um homem, Clóvis Martins, filho caçula e pai de Laryssa. O corpo da idosa continua em casa, aguardando um médico para poder fazer a remoção. Gerson afirmou ainda que o enterro será no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. “Clóvis fez 60 anos na segunda-feira (11). O presente que ele recebeu foi a morte da filha e agora da mãe”, desabafou Gerson. O padrinho de Laryssa contou ainda que Clóvis, assim como a família, continua inconformado com a morte da filha, de 13 anos. “A família agora continua enlutada. Parece que a nossa dor não vai ter fim”, afirmou.
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