sábado, 25 de fevereiro de 2012

Exonerações abrem fosso político entre prefeito e presidente da Câmara em Assú


ASSÚ - A demissão de dois ex-servidores públicos que exerciam funções comissionadas na Prefeitura do Assú, fato consumado por intermédio de portarias publicadas no exemplar do dia 17 de fevereiro do Diário Oficial do Município (DOM), estabeleceu uma crise política até então inédita entre o prefeito Ivan Lopes Júnior (PP) e o presidente da Câmara Municipal, vereador Odelmo de Moura Rodrigues (PSD).
O parlamentar-mirim argumenta que o ato lhe surpreendeu. "Não fui comunicado pelo prefeito sobre esta decisão", disse o vereador ao referir-se à exoneração dos dois ex-servidores que são seus aliados políticos.
Através da Portaria nº 088/2012, se verificou a exoneração de Weruska Alexsandra Gomes da Silva do posto de chefe Executivo, símbolo CC-3, com lotação na Secretaria de Administração e Recursos Humanos.
Noutro ato semelhante - Portaria nº 087/2010 - foi materializada a destituição de AntônioTerto de Souza do cargo comissionado de assistente de Secretaria, símbolo CC-4, com lotação na Secretaria de Planejamento e Finanças. Com data do próprio dia 17 deste mês, as Portarias foram assinadas pelo chefe do Executivo e pelo secretário municipal de Administração e Recursos Humanos, Francisco das Chagas Soares.
Fontes do círculo pessoal do presidente do Poder Legislativo revelam que o episódio o deixou furioso. Porém, até aqui o vereador Odelmo Rodrigues evitou falar num possível rompimento político com o gestor municipal.
Há informações de que há outras pessoas chanceladas politicamente por ele exercendo outras atribuições comissionadas na gestão pública local.
Divergência pode gerar impacto na ligação com o PSD
Em meio ao fato, o prefeito Ivan Júnior não emitiu publicamente qualquer opinião acerca do ocorrido.
Para observadores do cotidiano político em Assú, o fato expõe uma situação de litígio que já vinha se acentuando internamente nas hostes situacionistas.
Os mesmos analistas políticos anteveem que, além da iminente consequência local, a eventual ruptura entre o chefe do Executivo e o presidente da Câmara pode servir de combustível para aumentar o distanciamento já evidente entre Ivan Júnior e o presidente do diretório estadual do PSD, vice-governador Robinson Faria.
Apesar de seu filho, deputado federal Fábio Faria (PSD), manter a vinculação política com o gestor municipal, o vice-governador decepcionou-se com Ivan Júnior após este recuar no suposto compromisso que havia assumido consigo no sentido de reforçar as fileiras do PSD.
Com o tratamento agora dispensado ao aliado do PSD em Assú, a tendência é que Robinson Faria consolide sua decisão de não mais buscar afinidades políticas com o prefeito.
Jornal O Mossoroense

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