O vice-governador Robinson Faria (PSD) não perde a oportunidade de derramar sua mágoa por onde passa. Isso é da natureza humana quando o indivíduo sente-se traído, usado e descartado, como ele costuma dizer hoje.
Em duas entrevistas recentes, o vice-governador declara: “O único projeto do governo é a reeleição de Rosalba”.
Ora, o vice disse apenas uma obviedade. Desde que foi aprovado o instituto da reeleição, todo governante trabalha de olho na oportunidade de se reeleger.
Foi assim com Fernando Henrique Cardoso. Foi assim com Lula. Será assim com Dilma.
Foi assim com Garibaldi Alves Filho. Foi assim com Wilma. Iberê Ferreira tentou se reeleger. E Rosalba Ciarlini deve tentar a reeleição.
Se Robinson estivesse na cadeira de Rosalba, ele só pensaria em reeleição. Porque político só pensa nisso: eleição, eleição, eleição e, por último, eleição. Finda uma eleição, o político já está fazendo planos para a próxima. Há quem pense duas ou três eleições na frente. Dizia-se que Aluizio Alves era assim.
Pois bem, Robinson Faria não é diferente. Como líder partidário, ele vive de planejar eleições.
E se Rosalba só pensa em reeleição, Robinson só pensa na disputa de governo contra Rosalba.
Ao caminhar pelo Estado, como vem dizendo, Robinson se apresenta como o contraponto a Rosalba Ciarlini.
Robinson Faria não esconde a pretensão de liderar a oposição contra Rosalba na eleição de 2014. E como tal, já é saudado por Wilma, Fátima Bezerra, Sandra Rosado, como candidato natural ao governo.
A candidatura dele ao Senado está fora de cogitação. Ela era uma possibilidade quando Robinson estava no governo, pois ele não queria se chocar com o projeto da chefe do Executivo. Como foi descartado, Robinson Faria assumiu o projeto de disputar o governo. Essa é sua vingança contra Rosalba. Ele tentará derrotá-la nas urnas.
Ao criticar duramente Rosalba, Robinson desempenha o papel dele de oposicionista, passando por cima de todos os elogios e de todas as juras de fidelidade da época em que partilhava o poder estadual.
Em privado, político adora falar mal do outro. Wilma de Faria falava horrores do então presidente da Assembleia Legislativa, quando era governadora.
Ela dizia a alguns interlocutores:
- Robinson Faria é um coronelzinho do interior. Só pensa em eleição – disse quando Robinson aproveitou uma viagem dela a Brasília para garantir sua primeira reeleição no comando da Assembleia Legislativa. Longe dos olhos de Wilma. Naquela ocasião, fala-se, que Wilma saiu chutando tudo que viu pela frente.
O mundo dá muitas voltas. Hoje, Wilma e o “coronelzinho” Robinson Faria estão unha e cutícula, planejando mais uma eleição estadual. Dessa vez, juntos.
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