Implantação do PSD em Assú vive indefinição depois de recuo do prefeito municipal

Transformou-se numa incógnita a situação do Partido Social Democrático, PSD, no município do Assú depois que o prefeito Ivan Lopes Júnior, PP, declinou do convite lhe feito pelo vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Robinson Faria, ainda o PMN, responsável pelo processo de estruturação da sigla no Rio Grande do Norte, para liderar o partido na cidade. Conforme reportagem publicada esta semana pelo jornal O Mossoroense, o chefe do Executivo assuense havia assumido o compromisso de que acompanharia Robinson Faria na nova empreitada partidária. Todavia, em seguida retrocedeu, e decidiu manter-se no PP onde vive a expectativa de ser confirmado como novo presidente do diretório estadual da agremiação. Porém, de acordo com impressões transmitidas por pessoas do círculo pessoal do gestor municipal, apesar de ter desconsiderado o convite do vice-governador, o prefeito ainda alimentaria o desejo de contar com o PSD sob sua liderança no contexto municipal. Para tanto, Ivan Júnior estaria procurando manter-se próximo de Robinson Faria e do filho deste, deputado federal Fábio Faria, do PMN. Sua principal preocupação seria não permitir que o PSD, quando organizado no município, alinhe-se com as forças de oposição à sua administração. O desejo do chefe do Executivo seria o de entregar o comando local do PSD a um aliado político evitando que, por exemplo, a sigla seja absorvida pelo grupo liderado pelo ex-prefeito Ronaldo Soares e o filho deste, deputado estadual George Soares, ambos do PR. Com este propósito o prefeito convidou o deputado Fábio Faria para participar do São João. O parlamentar confirmou presença na festividade, dia 22 deste mês, ocasião em que certamente tratarão de questões políticas. No diálogo com o deputado Fábio Faria, o prefeito municipal poderá argumentar que, apesar de sua decisão pessoal de manter-se no PP, já que poderá ser alçado à presidência estadual da legenda, num entendimento articulado pelo ex-deputado Carlos Augusto Rosado, esposo da governadora Rosalba Ciarlini, ambos do DEM, sua determinação seria no sentido de respeitar a aliança política firmada com Fábio Faria na eleição estadual de 2010 e que fez do parlamentar o mais votado no município para a Câmara dos Deputados com um total de 8.500 votos, votação jamais alcançada por um candidato a deputado federal na cidade do Assú.