O beijo é capaz de levar a males como meningite, encefalite, anemia hemolítica e, em casos mais graves, ruptura do baço
A mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como "doença do beijo", é causada pelo vírus Epstein-Barr, considerado altamente contagioso e é transmitida, principalmente pela saliva, mas também pode infectar por transfusão sangüínea ou contato sexual. Essa patologia acomete qualquer faixa etária, mas é mais freqüente entre adolescentes e adultos jovens. "Os principais fatores predisponentes para esta doença são as más condições de higiene pessoal e grande concentração de pessoas em pequeno espaço, propiciando uma maior aglomeração, o que facilita a dispersão do vírus no ambiente", informa a médica infectologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/ DASA, Isabela Baraúna. O período de incubação da doença pode ser de até 30 dias, fato que contribui para o aumento do contágio e a doença dura, em média, três semanas. Seus principais sintomas são dor de garganta, febre, mal estar, fadiga, aumento de gânglios que ficam dolorosos, aumento de fígado e baço. Cerca de 10% dos casos apresentam erupção cutânea deixando a pele avermelhada e com aspecto de lixa. Estas alterações cutâneas podem estar presentes em até 100% dos pacientes que se submeteram a tratamento inapropriado com antibióticos, como penicilinas. Segundo a infectologista, os antibióticos não têm indicação no tratamento da mononucleose, já que se trata de uma virose. Estes só estão indicados quando a mononucleose se complica com algum processo bacteriano. "Não existe tratamento específico para a mononucleose infecciosa, o que fazemos é tratar os sintomas. A prevenção também é difícil, uma vez que, até o momento, não existe vacina disponível. Geralmente, a virose não é fatal, mas podem ocorrer complicações, tais como meningite, encefalite, anemia hemolítica e, em casos mais graves, ruptura de baço", explica a médica. O diagnóstico nem sempre é fácil, uma vez que outras viroses podem apresentar quadro clínico semelhante, entretanto, o médico baseia-se na história epidemiológica, quadro clínico e em exames complementares sugestivos. Exames laboratoriais, como hemograma completo, podem apresentar presença de linfócitos atípicos, orientando o médico que deve se tratar, provavelmente de quadro viral. Dentre os testes específicos para mononucleose citam-se os testes para pesquisa de anticorpos heterófilos (monoteste), que podem apresentar resultados falso-positivos e falso-negativos (na presença de outras patologias), e a sorologia para pesquisa de anticorpos IgG e IgM para Epstein-Barr . Este último apresenta maior sensibilidade e especificidade e pode indicar a presença de doença ativa ou passada. Dra. Isabela informa que atualmente já está disponível a pesquisa do próprio vírus pela técnica de PCR em alguns materiais, como sangue e secreções respiratórias, possibilitando um diagnóstico mais específico.
Fonte: Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica
A mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como "doença do beijo", é causada pelo vírus Epstein-Barr, considerado altamente contagioso e é transmitida, principalmente pela saliva, mas também pode infectar por transfusão sangüínea ou contato sexual. Essa patologia acomete qualquer faixa etária, mas é mais freqüente entre adolescentes e adultos jovens. "Os principais fatores predisponentes para esta doença são as más condições de higiene pessoal e grande concentração de pessoas em pequeno espaço, propiciando uma maior aglomeração, o que facilita a dispersão do vírus no ambiente", informa a médica infectologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/ DASA, Isabela Baraúna. O período de incubação da doença pode ser de até 30 dias, fato que contribui para o aumento do contágio e a doença dura, em média, três semanas. Seus principais sintomas são dor de garganta, febre, mal estar, fadiga, aumento de gânglios que ficam dolorosos, aumento de fígado e baço. Cerca de 10% dos casos apresentam erupção cutânea deixando a pele avermelhada e com aspecto de lixa. Estas alterações cutâneas podem estar presentes em até 100% dos pacientes que se submeteram a tratamento inapropriado com antibióticos, como penicilinas. Segundo a infectologista, os antibióticos não têm indicação no tratamento da mononucleose, já que se trata de uma virose. Estes só estão indicados quando a mononucleose se complica com algum processo bacteriano. "Não existe tratamento específico para a mononucleose infecciosa, o que fazemos é tratar os sintomas. A prevenção também é difícil, uma vez que, até o momento, não existe vacina disponível. Geralmente, a virose não é fatal, mas podem ocorrer complicações, tais como meningite, encefalite, anemia hemolítica e, em casos mais graves, ruptura de baço", explica a médica. O diagnóstico nem sempre é fácil, uma vez que outras viroses podem apresentar quadro clínico semelhante, entretanto, o médico baseia-se na história epidemiológica, quadro clínico e em exames complementares sugestivos. Exames laboratoriais, como hemograma completo, podem apresentar presença de linfócitos atípicos, orientando o médico que deve se tratar, provavelmente de quadro viral. Dentre os testes específicos para mononucleose citam-se os testes para pesquisa de anticorpos heterófilos (monoteste), que podem apresentar resultados falso-positivos e falso-negativos (na presença de outras patologias), e a sorologia para pesquisa de anticorpos IgG e IgM para Epstein-Barr . Este último apresenta maior sensibilidade e especificidade e pode indicar a presença de doença ativa ou passada. Dra. Isabela informa que atualmente já está disponível a pesquisa do próprio vírus pela técnica de PCR em alguns materiais, como sangue e secreções respiratórias, possibilitando um diagnóstico mais específico.
Fonte: Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica
PESQUISA: KATIENE SOARES
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