A Anistia Internacional e ativistas de habitação vem cobrando o Comitê Olímpico Internacional e autoridades brasileiras à impedir a expulsão de centenas de famílias em todo Rio de Janeiro de suas casas em meio a preparativos para o Jogos Olímpicos de 2016.
Moradores, ativistas e Anistia Internacional disseram que dezenas de famílias perderam ou estão em risco de perder suas casas para as autoridades construir infra-estrutura para o evento.
Favelas e assentamentos informais em torno da cidade já foram afetadas no ano passado e outras áreas estão programados para os despejos futuro pelas autoridades.
"Forçar as famílias à sairem de suas casas sem aviso prévio adequado, sem consultar os afetados, sem oferecer habitação alternativa, fornecimento de remédios, para que possam realizar as Olimpíadas, viola as leis do Brasil e compromissos internacionais de direitos humanos," concluiram membros das organizações.
Acrescentaram: "Os organizadores Olímpicos devem usar sua influência para pôr fim a esta prática agora, antes que seja tarde demais. O COI não deve ser conivente com abusos de direitos humanos realizadas em seu nome, e deve publicamente condenar todos os despejos forçados no Rio de Janeiro."
As autoridades do Rio de Janeiro afirmam que não estão despejando as famílias forçadamente e que todos estão sendo adequadamente compensados antes de perder suas casas. No entanto, pesquisas independentes ONGs locais mostraram que nos casos mais graves, as autoridades chegaram em uma comunidade sem aviso prévio e começaram a derrubar casas e empresas.
No início deste ano, o Relator Especial das Nações Unidas sobre o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, exigiu que o governo brasileiro "pare com os despejos planejados até que o diálogo e a negociação possa ser assegurada."
Nenhum comentário:
Postar um comentário